A Defesa Civil já contabilizou 11 feridos, 51 famílias afetadas, 53 casas destruídas e cinco colégios atingidos.
Um forte terremoto de magnitude 8 sacudiu, neste domingo (26), a região peruana de Loreto, provocando a morte de uma pessoa, 18 feridos, e a destruição de infraestruturas.
“Fomos informados da morte de uma pessoas pela queda de uma rocha em sua casa no distrito de Huarango, na região de Cajamarca, declarou à rádio RPP Ricardo Seijas, coordenador da Defesa Civil.
A vítima é Danilo Muñoz, de 48 anos. Ele estava dormindo no momento do terremoto.
A Defesa Civil já contabilizou 11 feridos, 51 famílias afetadas, 53 casas destruídas e cinco colégios atingidos. Os outros sete feridos foram no Equador.
O epicentro do terremoto, cuja magnitude foi de 8 segundo Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), esteve localizado 70 quilômetros a sudeste de Lagunas, no norte do país, a uma profundidade de 141 quilômetros. Aconteceu às 02h41 (04H41 de Brasília).
Lagunas é um distrito da província do Alto Amazonas, na região de Loreto. Sua população é de 12.000 habitantes.
Geralmente, quanto maior a profundidade do terremoto, menor o impacto ou dano causado na superfície. No entanto, a onda expansiva é, nesses casos, mais ampla, o que explica por que o tremor foi sentido no Equador, na Colômbia, na Venezuela e na Bolívia.
No Peru, além do Loreto, o terremoto foi sentido nas regiões norte e central de La Libertad, Tumbes, Piura, Lambayeque, San Martin e Cajamarca, bem como na capital do país.
O tremor durou 127 segundos e na capital Lima fez com que a população saísse de casa no meio da madrugada e apesar da chuva.
O geólogo Patricio Valderrama, do Centro de Monitoramento e Prevenção de Desastres, disse que “no norte do Peru um terremoto como este não é sentido desde o tremor de 1970”, referindo-se ao terrível terremoto de magnitude 7,9 que devastou a região de Ancash deixando mais de 70.000 mortos.
O ministério do Interior informou em sua conta no Twitter que nenhuma vítima foi reportada até agora, mas algumas casas desabaram.
Yurimaguas, a cidade mais próxima do epicentro, foi uma das áreas com danos materiais, de acordo com as primeiras informações.
O presidente peruano Martín Vizcarra escreveu em sua conta no Twitter que as autoridades avaliam as áreas afetadas.
“Pedimos a todos os nossos cidadãos que permaneçam calmos. O Centro de Emergência está monitorando e avaliando a situação”, garantiu o presidente.
O prefeito de Lagunas, Arri Pezo, afirmou que a população não quer entrar em suas casas por medo de novos tremores.
O prefeito de Yurimaguas, Hugo Araujo, informou que várias casas antigas desabaram O diretor do Instituto Geofísico do Peru, Hernando Tavera, assegurou que não são comuns réplicas com esta profundidade do epicentro. “A possibilidade é quase mínima”, garantiu.
O Peru se encontra, como seus vizinhos do Pacífico sul-americano Chile e Equador, em uma região muito sísmica.
Em 24 de janeiro, outro terremoto, de magnitude 6,0, atingiu a costa central do Peru, causando danos menores e seis feridos em localidades próximas às centenárias Linhas de Nazca (costa sul).
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