quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Sabe aquela velha história de "meter o nariz onde não é chamado?"


Por Lael Santos

Sabe aquela velha história de "meter o nariz onde não é chamado?"
O resultado pode não ser nem um pouco agradável, pode ser extremamente exaustivo e no final das contas classificar o episódio como um suicídio inadmitido.
Os bons sabem onde pisam e jamais se vêem agasalhados por elogios requisitados ou envolvidos por um frenesi em busca de reconhecimento. Quem brilha não consegue ficar escondido, pois sua "reluzência" o coloca em evidência. Quem está acima da média nunca precisa forçar a barra, nem exige títulos ou nomenclaturas para reconhecimento de suposta função.
Quem realmente é bom sabe reconhecer o fluxo, e segue, como quem navega em mar calmo. As correntes da inveja e do ciúme nunca farão parte do seu navegar, afinal não há  O que temer, e quem "confia no seu taco" vive um dia após o outro dentro de uma sinergia inevitável. A preocupação é focada apenas no espírito criativo e na capacidade de evocar as melhores energias. Tudo é natural na vida de quem sabe o que quer e mais do que isso...de quem sabe quem é. Quem é você? Um protótipo desta louca corrida por posições? Um escravo da sua fragilidade produtiva e por consequência um robótico inexpressivo?
A diferença não se evidencia pelo título, mas pela capacidade de exibir a "cria" sem nenhum esforço descomunal. Os fortes não precisam suar como burro no sol, tampouco necessitam bater continência à todo momento para o general. Os fortes são autoconfiantes e se valem da sua evidente produtividade. Muitos raios e trovões não são sinônimo de chuva boa para terreno fértil.
A partir do princípio da autonomia produtiva, basta ser sem necessariamente gritar o tempo inteiro o cargo que você ocupa. O reconhecimento é alheio, vem dos outros, tão natural quanto o pôr e o nascer do sol.
A sua estrela não está brilhando? Verifique se você está na constelação correta.
O resto é delírio.

Lael Santos é membro fundador da ACIL (Academia Itaperunense de Letras), e ocupa a Cadeira 26.


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