Segundo os meteorologistas, o calor se deve ao El Niño, fenômeno que ocorreu pela última vez em 2015
O verão começa oficialmente às 20h22 desta sexta-feira (21), mas o clima nos últimos dias já antecipou como deve ser o início da estação: temperaturas altas e sensações térmicas ainda maiores. Nas ruas, o figurino já privilegia as cores claras e as peças frescas, tendência que deve se acentuar conforme a temperatura supere a média de 31.5ºC registrada no mesmo período de 2017. Segundo os meteorologistas, o calor se deve à ocorrência do fenômeno El Niño, que vai alterar o regime pluviométrico em boa parte do país.
“A probabilidade de ocorrência do El Niño chegou a 98%, o que torna o caso parecido com o de 2015. Para a região sudeste, será uma estação muito quente. Há uma massa de ar quente no Centro-Sul do país que retarda a chegada da frente fria. Eventualmente ela chega, trazendo as chuvas, mas até lá, terá bastante calor”, diz o meteorologista José Carlos Mendonça.
De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC-Inpe) e o Instituto Nacional de Meteorologia, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Inmet-Mapa), não está descartada a ocorrência de tempestades durante o verão na região Sudeste.
O El Niño é um fenômeno natural que ocorre em de 2 a 7 anos e pode durar de seis a 18 meses. É causado pelo aquecimento acima do normal das águas do Oceano Pacífico na altura da linha do Equador, entre as costas oeste da América do Sul e leste da Oceania.
Seus efeitos podem ser sentidos em todo o mundo, e variam entre secas intensas em algumas partes, como, por exemplo, Austrália, Filipinas, Equador e regiões Norte e Nordeste do Brasil, e chuvas torrenciais e inundações em outros, como no sul país e no México e Estados Unidos.
Com o El Niño, os verões e primaveras tendem a ser mais quentes na região Sudeste do Brasil. O último ocorreu entre o final de 2015 e início de 2016 e foi um dos mais intensos já registrado, desde que o fenômeno começou a ser monitorado em 1950.
Fonte: Terceira Via
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